Num post anterior, discutimos sobre o problema de superaquecimento dos notebooks HP dv6000 e descrevemos como recuperamos e atenuamos o problema no nosso HP dv6109us. No entanto, ainda há algo neste assunto que me inqueta.
Por que o problema sempre demora aproximadamente 1 ano e meio para surgir?
A impressão é que os aparelhos foram programados para dar problema após 13 ou 14 meses de uso. Na internet várias pessoas relatam o aparecimento de problemas na wireless após 13 meses, sendo que um mês depois, o notebook apaga e não liga mais.
Já ouvi histórias de que o superaquecimento primeiro causa falha no chipset nForce, e que por isso o wireless cai primeiro. Em seguida, o as soldas da GPU se dilatam até que uma hora trincam. Mas então, porque elas não trincaram logo nos primeiros meses de uso?
E se não estou enganado, o outro controlador que alegam apresentar problemas fica do outro lado da placa mãe, bem longe da GPU. Como o superaquecimento poderia se espalhar tao longe?
Bom, minha suspeita é a seguinte. O que dura cerca de 1 ano e meio na maioria dos computadores, assim que efetuada a compra, e que todo mundo tem de trocar um dia?
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A bateria da CMOS. |
E adivinhem? Ela fica do lado do chipset nForce, do lado do WiFi. Meu palpite é que estes dois podem estar relacionados de alguma forma.
Pode ser que não tenha nada a ver, mas de qualquer maneira teremos que trocar nossa bateria pois ela se esgotou. Uma bateria CMOS descarregada num notebook é mais difícil de descobrir, pois o sintoma mais comum deste problema, o reset do relógio do sistema, so ocorrerá se o note estiver fora da energia, sem bateria e desconectado da internet (o Windows ajusta o relógio automaticamente pela internet de vez em quando). O máximo que poderá acontecer é o note atrasar algumas horas durante a noite.
Update: Bom, acho que na verdade pode não ter nada a ver mesmo 😛 Como alerta o visitante Diego, em seu comentário mais abaixo, a wireless não é controlada pelo south bridge nForce (MCP51), mas sim pelo problemático north bridge (cujas soldas trincam devido à fadiga térmica). Uma pena, pois teorias da conspiração são deveras mais legais!
Obs: se for realmente trocar a bateria, faça com o notebook completamente desligado. Retire a bateria (a grande principal, de alimentação) e desconecte o plugue da fonte, se ele estiver conectado.
Substituindo a Bateria De Seu Notebook HP Pavillion dv6000
Se você já substituiu uma bateria de um desktop comum pode achar que a bateria do notebook é diferente das que você está acostumado a trabalhar. Inclusive, há “assistências” que cobram de R$50 à R$90 reais para trocá-la, sem jamais contar ao cliente que uma bateria dessa pode ser comprada em qualquer relojoaria por R$3,70. Esse foi o valor que paguei na Cetra, em Vinhedo, que não é uma relojoaria mas sim uma loja de informática (e bem bacana por sinal).
A bateria é do tipo CR2032 comum, com a diferença que está com um conector colado para ser plugado diretamente na placa mãe.
Para começar, despluguamos a bateria da placa mãe e a descolamos a borrachinha branca que a prendia no lugar. Com um estilete, cortamos a capa mais externa com cuidado para não cortar os fios ou estragar o encape de plástico que circundava a bateria.

A seguir, fizemos um corte no disquinho de plástico para retirá-lo por inteiro.
Com a bateria nova, soldamos os conectores nos polos corretos, com o vermelho positivo indo no lado marcado por um sinal de “mais” na bateria. (soldar os conectores na bateria pode danificá-la, mas nós fizemos assim mesmo).
A seguir, transferimos o disquinho de plástico (que evita que os polos se toquem) para a bateria nova e verificamos com o multímetro se ela havia sobrevivido ao processo e nao estava em curto, que marcou 3.2v. É normal uma bateria nova marcar mais do que seu valor nominal, que seria de 3v.
Finalmente, encapamos a bateria novamente com fita isolante (de preferência use fita de autofusão), colamos a borracinha branca embaixo novamente e a conectamos à placa mãe, fixando no mesmo lugar de antes.
Testando
Com tudo novamente no lugar, voltamos a bateria e conectamos a fonte e ligamos o notebook. Em primeiro lugar, aguardamos o logo da HP aparecer na tela para então apertarmos F10 e entrarmos na BIOS. Ajustamos a hora correta, demos um “reset default settings” e em seguida um “save settings and reboot”. Ao entrar no Windows, verificamos que tudo estava (na medida do possível) em ordem.
Agora, precisávamos verificar se bateria estava realmente aguentando segurar as configurações. Desligamos o notebook completamente, removemos a bateria (a grande) e desconectamos a fonte de energia. Para remover quaisquer resquícios de energia, seguramos o botão power do notebook por cerca de 60 segundos e o deixamos quieto por mais uns 10 minutos sem nenhuma fonte de energia.
Após esperar este tempinho, tudo o que tínhamos a fazer era religar a bateria e a fonte e entrar na BIOS novamente para verificar se o relógio ainda estava regulado – é melhor entrar na BIOS antes de tentar ligar o sistema todo pois o Windows poderia ajustar o relógio automaticamente com um servidor de tempo na internet antes que pudéssemos conferir o resultado. Tudo estava em ordem 🙂